ECONOMIA
Taxa básica de juros atinge nova mínima histórica
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu reduzir a taxa básica de juros da economia (Selic) em 0,25 ponto percentual, passando de 7,0% em dezembro para 6,75% em fevereiro. Esta é a nova mínima histórica desde a adoção do regime de metas da inflação, em 1999.
A taxa baliza todos os juros da economia e por estar em queda diminui o custo do crédito ao consumidor e das empresas.
O recuo da Selic parte do entendimento de que a inflação entrou em uma trajetória de queda, principalmente pela redução dos preços dos alimentos e dos serviços. Em janeiro, a inflação, calculada pelo IPCA ficou em 2,86% no acumulado de 12 meses, abaixo do centro da meta de 4,5%.
Ainda que os juros tenham atingido a mínima histórica, a taxa básica ainda encontra-se em um nível muito elevado, conforme analisa a Fecomércio SC. “Temos um dos maiores juros do mundo, o que impacta, inclusive, no atual ajuste econômico. A taxa Selic elevada tem reflexos negativos no estoque da dívida pública, pois a taxa é a remuneradora dos títulos de curto prazo do governo. É necessário reduzi-la ainda mais. Para tanto, a Reforma da Previdência é essencial”, pontua o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova.
Os sucessivos atrasos e concessões na Reforma da Previdência prejudicam o processo de queda nas taxas de juros. Caso a Reforma não seja aprovada ainda neste fevereiro, o ciclo de queda da Selic deve cessar. O atual nível de juros prejudica o setor produtivo ao onerar tanto o consumidor, quanto os empresários, dificulta ainda mais a saída do país do patamar de baixo crescimento.